Os produtores agrícolas cobram do presidente Bolsonaro o compromisso de proteger os produtos nacionais da concorrência dos estrangeiros.
E a divergência maior passa agora pela indicação do desembargador Kassio Nunes Marques ao STF. A Associação Nacional dos Produtores de Alho (Amapa) aponta que ele foi autor de decisões judiciais, liberando importadoras de pagar a taxa antidumping.
Em vídeo, gravado ao lado do presidente da entidade, Rafael Corsino, Bolsonaro, como pré-candidato, critica a indústria de liminares. “A gente acompanha os problemas do setor produtivo, dentro e fora do Brasil. O alho tem sido encontrado numa coisa parecida com uma indústria de liminares. O alho, entrando aqui sem a questão do antidumping, vai acabar sufocando a produção do Brasil, o que é mais um problema que temos no campo. Além da banana do Equador e do etanol vir dos Estados Unidos para cá, passa água de coco da Indonésia. Vejam, com muita atenção, o risco cada vez mais da nossa agricultura se ver prejudicada”, disse Bolsonaro.
Frente Agropecuária
A Anapa queixa-se da contradição de Bolsonaro em indicar, agora, ao Supremo exatamente o desembargador autor de decisões semelhantes em favor da entrada de alho chinês, sem pagar taxas. Os produtores de alho mobilizaram a Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso e a ministra da Agricultura Tereza Cristina.