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Tempestade de chuva e granizo põe alho espanhol em xeque

13 de junho de 2018

O granizo e as chuvas persistentes registradas desde o final de maio complicaram seriamente a safra inicial de colheita de alho na Espanha. As tempestades causaram perdas sérias e os danos podem ser ainda maiores. O excesso de água ameaça estragar boa parte da colheita. A prioridade no momento é tirar o alho da terra e nem sempre isso é possível. Os alhos que já foram colhidos também correm o risco de estragar, por conta do excesso de umidade e lama.

O panorama é de cautela. A colheita do alho precoce “será um desastre”, diz o presidente da Mesa Nacional do Alho, Julio Bacete.

Desde 29 de maio, a região de La Mancha sobre com a tempestade de água e granizo. O alho é uma das culturas mais afetadas. A planta estava pronta para a colheita quando foi surpreendida por chuvas intensas que, neste fim de semana, ainda estavam presentes em muitas regiões.

“As partes afetadas alcançam mais de 7.000 hectares”, informa Antonio Escudero, chefe do setor de alho ASAJA Bacia e membro do conselho da Associação de Produtores e Distribuidores de Ajo (ANPCA). De acordo com ele, o levantamento das áreas prejudicadas pelos fortes chuvas, se dará quando o processo de corte e classificação começar.

“O alho que está sendo coletado é aparentemente saudável, mas o problema é o excesso de umidade que os bulbos têm. Uma situação que certamente vai influenciar no preço de mercado”, completou Escudero.

Ainda segundo Bacete, outro problema é que a água pode acumular-se entre as folhas e o caule e, assim, desencadear a proliferação de bactérias que produzem uma mudança de cor nas camadas afetadas.

“A perda de quantidade e qualidade na colheita precoce de alho é inegável”, acrescentou o presidente da Mesa Nacional do Alho.

MÃO DE OBRA

Agora, a prioridade é conseguir tirar o alho da terra. O processo deve ser rápido para evitar outros danos. O problema é a escassez de mão de obra. Segundo Antonio Escudero, as chuvas que afetaram toda a Espanha atrasaram todas as colheitas e, com ela, a mobilidade dos trabalhadores temporários. “É por isso que estamos conversando com trabalhadores que estão na safra do morango, em Andaluzia. Esperamos que eles venham nos ajudar, pois haverá problemas de mão de obra em curto prazo”, explicou.

 

fonte: ajoespañol.net

Tradução livre