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Seguro rural: ANAPA defende subvenção de R$ 400 milhões

01 de junho de 2017

A Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) e a Associação Nacional dos Produtores de Cebola (ANACE) entram na discussão do orçamento do seguro rural e formalizaram pedido, junto a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), para que a subvenção paga aos produtores seja mantida. Recentemente, o Ministério da Agricultura anunciou que deverá cortar 90% do recurso previsto para 2017.

“Só os produtores de alho e cebola necessitam de aproximadamente R$ 8 milhões de subvenção, sobretudo os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que são os mais afetados com as mudanças do tempo, como geadas e chuvas de granizo, e são regiões onde se concentram os pequenos produtores, da agricultura familiar”, disparou o presidente nacional, Rafael Jorge Corsino, ao mencionar que os produtores de São Paulo, Minas Gerais e do Distrito Federal também contam com o dinheiro do seguro agrícola.

Conforme foi anunciado pelo Governo Federal, dos R$ 400 milhões aprovados inicialmente, a pasta teria apenas R$ 44 milhões para pagar subvenções a agricultores de todo o país. Em reunião que ocorreu na tarde de ontem (quarta-feira,31), a Secretaria de Política Agrícola rebolou para manter, em um primeiro momento, os R$ 90 milhões já previamente empenhados referente às apólices para as culturas de inverno.

“Com a limitação de R$ 44 milhões, o governo não vai conseguir arcar com o que foi contratado até agora e os produtores já estão contando com esse recurso. Não é justo enfiar esse corte goela abaixo para o setor que vem apresentando saldos positivos para o país, nesse momento de crise”, avaliou Corsino.

Se o corte for confirmado, pode gerar problemas imediatos para agricultores e seguradoras. Em 2016, o mercado segurador vendeu 1.439 apólices de cebola e alho, que cobriram 7.584,14 hectares. Para este ano, as empresas seguradoras esperavam um crescimento de mais de 40%, em virtude da sinistralidade do ano passado.

“Esperamos que o Governo chegue a um denominador razoável para proteger as lavouras. A ANAPA e a ANACE vão brigar para que os R$ 400 milhões aprovados, sejam mantidos”, concluiu Rafael Corsino.

Com informações do Canal Rural