Os cerca de 500 milhões em perdas já acumuladas pelos produtores rurais de Mato Grosso, com mais de 500 mil hectares colhidos registrando problemas de qualidade, por conta do excesso de chuvas neste ano, devem ser cobertos pelo Seguro Agrícola. A cobrança partiu do presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, Rui Prado, após participar de reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), no Palácio Paiaguás, para cobrar restauração de rodovias.
Rui Prado entende que o ‘Seguro Agrícola’ – subdivisão do ramo de seguro rural, direcionado a culturas permanentes e temporárias – deve ser acionado, porque já há perdas de 2%, com perspectiva de chegar quase ao dobro se as chuvas continuarem. “O problema da qualidade é real. Além disso, há tendência de excesso de caminhões nas rodovias e de filias na chegada aos portos, para o desembarque”, observou ele.
O presidente da Famato destaca ainda o problema do frete, que hoje responde por quase 40% do custo de produção. Há cinco anos, era 20%. No ao passado, mais de 30%. “Temos de acelerar as alternativas em logística, principalmente com hidrovias e ferrovias, além da melhor das ferrovias”, ponderou ele.
Segundo Rui Prado, se não forem tomadas medidas drásticas para restauração das rodovias estaduais e federais, com urgência, para não aumentar os prejuízos.
Algodão
A chuva em Mato Grosso está atrasando o plantio da safra de algodão. Em quase todas as regiões do Estado, as propriedades estão alagadas e as máquinas paradas no campo. Quase 40 dias após o início, nem tudo foi plantado, porque o solo está tão encharcado que algumas plantas nascem dentro d’água.
A expectativa de colheita é manter a média da produtividade de 2,1 mil hectares, é uma média de 260, 270 arrobas, se o clima correr dentro da normalidade que sempre foi.