A Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) promoveu na última quarta-feira (9) o Primeiro Seminário da Alhicultura do Goiás. O evento foi realizado na sede da ANAPA em Brasília-DF, de forma híbrida, e nasceu visando apresentar os resultados de pesquisas na região, além de fortalecer a união dos produtores.
Por motivos de distanciamento social – devido aos novos índices de contágio do COVID-19 –, o evento presencial contou apenas com convidados de entidades, pesquisadores e produtores da região Goiana.
O evento teve início com a fala do presidente da ANAPA, Rafael Jorge Corsino, onde mais uma vez destacou a importância dos estudos que estão sendo desenvolvidos pela associação no estado de Goiás, entre eles no que toca as boas práticas para o manejo de doenças de solo do alho e concentração de fósforo na linha de plantio do alho.
“Estes trabalhos têm sido fundamentais para o desenvolvimento da cadeia produtiva do alho não só em Goiás, mas sim em todo o Brasil, por isso, é indiscutível a importância da pesquisa científica, considerando que elas estão propulsionando o desenvolvimento do alho brasileiro” afirmou Corsino.
Dando segmento ao encontro, o professor Doutor José Magno Queiroz Luz, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), falou sobre a pesquisa que desenvolveu na Agrícola Wehrmann em Cristalina (GO), sobre a concentração de fósforo na linha de plantio do alho.
Para o professor, a nutrição da planta é essencial, principalmente porque o alho exige uma alta demanda nutricional, muito responsiva à adubação química e orgânica, de modo que as pesquisas foram desenvolvidas com a ideia de avaliar o uso eficiente de fertilizantes fosfatados e da adubação orgânica em hortaliças.
O pesquisador Oscar Villalta se juntou ao seminário virtualmente, diretamente da Austrália, e falou sobre a sua pesquisa conduzida pela Coordenadora de pesquisa da ANAPA, Mirian Delgado e pelo também pesquisador Carlos Inácio, pesquisa essa que trata sobre as boas práticas para o manejo de doenças de solo do alho.
Os trabalhos foram desenvolvidos em duas regiões produtivas de Goiás, na Agrícola Wehrmann em Cristalina (GO) e no Grupo Tanabe, em Água Fria (GO), e o seu propósito foi ajudar os produtores na prevenção e gerenciamento de doenças de solo e de folhas, além de manejo, pragas, nematoides, entre outros.
Os pesquisadores destacaram que buscam novos mecanismos para a prevenção de doenças e medidas de controle, incluindo uma estratégia integrada, para melhorar o manejo da Podridão Branca, aumentar a produtividade e restaurar campos infectados para produção de alho.
Segundo Oscar Villtalta, as principais estratégias para o manejo de doenças do solo foram a prevenção da introdução e propagação de patógenos dentro e entre fazendas com práticas de saneamento e biossegurança, além da redução da população de patógenos no solo com manejos culturais e métodos físicos, biológicos e químicos.
Finalizando o evento, foi aberta uma rodada de perguntas e respostas dos convidados e internautas que acompanharam ao vivo pelo canal do YouTube.
Para a coordenadora de pesquisas da ANAPA, Mirian Delgado, o evento foi importante para troca de informações e experiências, sobretudo considerando a importância no investimento em pesquisas.
“Nós da ANAPA, acreditamos que podemos nos aperfeiçoar e compartilhar este conhecimento para o crescimento e fortalecimento de setor da alhicultura no Brasil” conclui Delgado.