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Produtores de hortaliças se reúnem na CNA para discutir estratégias de exportação

09 de março de 2020

Brasília/DF – O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, participou de reunião que discutiu o potencial de exportações da cadeia produtiva e a internacionalização do agro brasileiro. O debate ocorreu na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na última semana.

Na abertura do encontro, o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, fez uma apresentação sobre a atuação da entidade e afirmou que o setor precisa estar unido para definir as principais demandas.“Para fazer um bom trabalho de representação, nós temos que trabalhar em conjunto e ouvir quais as prioridades e dificuldades dos produtores de hortaliças para acessar o comércio internacional”, disse.

O presidente da ANAPA reconhece as dificuldades do produtor para acessar o mercado externo, mas acredita que com o trabalho de mapeamento dos países que precisam de hortaliças, feito pela CNA, vai facilitar a abertura de mercado. “Os produtores já vem se preparando com rastreabilidade e certificação e nós já temos alguns players que tem condições de exportar hortaliças”, destacou Corsino.

A superintendente de Relações Internacionais da Confederação, Lígia Dutra, falou sobre o Projeto Agro Br, uma parceria com a Apex-Brasil, que vai capacitar produtores rurais brasileiros na busca de mercados internacionais.

“A ideia é ajudar o produtor e o empresário rural a preparar sua produção para exportação, a identificar oportunidades e conquistar o mercado internacional. Esse projeto conta não só com a parte de capacitação do produtor, mas também de estudos de mercado e contatos com potenciais compradores”, informou Lígia.

O presidente da Comissão Nacional de Flores e Hortaliças da CNA, Manoel Oliveira, explicou que existe uma barreira cultural na cadeia produtiva de produzir apenas para o mercado interno, que pode ser rompida com informações adequadas e inteligência de mercado. “A gente tem que levar informação para o produtor, organizar os núcleos de produção, melhorar a gestão dentro da propriedade e, principalmente, romper as barreiras para que a cultura exportadora venha efetivamente acontecer”, avaliou.

Para o produtor Eduardo Sekita, de São Gotardo (MG), a reunião foi uma oportunidade de entender o processo de internacionalização dos produtos agrícolas e conhecer quais são os mercados potenciais para as hortaliças.

Já o presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA e exportador de melão, Luiz Roberto Barcelos, deu seu depoimento sobre o processo de exportação e a importância dos produtores se inserirem no mercado internacional. “A partir do momento em que se decide produzir um produto de qualidade e com certificação, você passa a cumprir protocolos, que certamente diferenciarão a produção também para o mercado interno, tornando a propriedade cada vez mais competitiva”, afirmou.