Por Imprensa Anapa
Com o inicio da safra 2022 a todo vapor no estado do Goiás, a Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) organizou um giro técnico na região de Cristalina (GO) para promover uma discussão entre pesquisadores e produtores sobre a safra que esta começando e projetar os resultados das boas práticas agrícolas.
Além deste encontro, também foi oportunidade para os produtores goianos ali presentes discutirem sobre como as novas tecnologias apresentadas podem ser adotadas no plantio desta nova safra, buscando contribuir para o aumento da eficiência dos agricultores da região.
Em Goiás alguns produtores começaram o plantio na segunda quinzena de abril, e foi aproveitando esta oportunidade, que foi planejado uma rodada técnica nas principais produtoras da região: Agrícola Wehrmann, Igarashi, Alvorada e Matrice, visando mostrar o processo incial desta nova safra (2022), que tem uma grande expectativa por parte dos produtores do estado.
O Evento começou com o discurso do presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, onde falou por alguns instantes sobre a importância das rodadas técnicas e o quanto é fundamental o produtor está buscando novas alternativas no plantio, para o desenvolvimento de pesquisas que contribuem para um melhor desempenho da produtividade do alho.
Corsino salientou continuar tendo mais giros técnicos na região, “Em uma manhã produtiva como esta, com debates, exemplos e muita informação, dessa forma os produtores vão se unir cada vez mais”, avaliou Corsino.
Outro ponto levantado pelo presidente da ANAPA, foi a união dos produtores goianos, lembrou que quando houve a união entre eles na questão do ICMS foi muito positivo, e nos giros e na troca de informação não pode ser diferente, “Todos nós produtores buscamos sempre o melhor para nossa região como um todo”, finalizou o presidente.
O evento seguiu para a fazenda São José do grupo Alvorada, guiada pelo representante da fazenda Luciano Hattori, onde os produtores de alho tiveram a oportunidade de conhecer práticas que buscam promover o aumento da produtividade das lavouras naquele plantio, buscando maior rentabilidade dos cultivos e menor impacto ambiental para a atividade agrícola.
Para Luciano, giros como este são importantes, porque muita das vezes o produtor perde tempo tentando utilizar novos manejos que foram testadas em outras áreas e não está dando resultado no plantio dele, enquanto na outra deu certo. “É muito importante porque, às vezes, por exemplo, eu estou errando um manejo especifico e eu vi que em outra fazenda fez e deu certo, eu posso consertar no período de teste, isso é muito válido” concluiu Luciano.
Dando seguimento ao giro, foram visitadas as áreas de plantio da Agrícola Wehrmann e, que foram guiado pelo engenheiro agrônomo da Wehrmann Waner Barbosa que explicou a importância do encontro técnico e sobre os tipos de manejo que os produtores tem feito e tem obtido sucesso e também falar sobre os pontos que teve problemas e os erros que cometeram no passado, para que outros produtores também não precisem passar pelas mesmas situações.
“Então, é de extrema importância a presença da ANAPA e de quem está à frente dela, porque, infelizmente, na correria do dia a dia, a gente não tem condição de nós mesmos que estamos no campo, organizar um giro desse, porque não é simplesmente uma rodada técnica, não é só revelador e esclarecedor. Tem muito mais coisa por trás disso. Então, valoriza muito o evento”, concluiu Waner.
Visitando a área de plantio da Igarashi o Produtor Roberto Morita, gerente de produção do Grupo Tanabe da região da Água Fria (GO) afirmou que o giro técnico é uma metodologia que permite aproximar pesquisa, extensão e agricultores, na discussão das melhores práticas agrícolas e sua implantação nas lavouras.
“Eu vejo como uma maneira de ver o que outros produtores estão fazendo, porque por muitas vezes falamos com os colegas produtores e não conseguimos visualizar, mas quando estamos direto no campo, podemos ver claramente os acertos e erros que estamos cometendo” concluiu Morita.
Para Fábio Martins, um dos responsáveis pelo guia no grupo Igarashi, é importante estar envolvido neste tipo de evento, difundindo novas ferramentas e novas técnicas, “É bem válido estar próximo dos produtores e vendo as dificuldades do dia a dia, está todo mundo junto e todos buscando criar soluções, que no final acabam beneficiando todo o setor”, concluiu Fábio.
Finalizando o giro técnico, os produtores visitaram a fazenda Matrice, os produtores encerraram a rodada técnica com a percepção de que a cultura do alho se renova a ano, sendo diretamente influenciada por aspectos variáveis com o clima, de modo que a troca de informações entre os presentes se mostrou de grande valia.