A Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa) e a Associação de Produtores de Alho de Goiás (AGOPA) receberam com grande preocupação a proposta de criação de um imposto para agropecuária em Goiás, anunciada pelo governador Ronaldo Caiado, em reunião com lideranças e representantes do setor na última segunda-feira, dia 7 de novembro de 2022, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. Em nossa avaliação, o possível aumento de impostos afetaria drasticamente a situação do agronegócio, que já enfrenta dificuldades por estar tão exposto a variações econômicas e de mercado, incertezas políticas, condições climáticas adversas, entre outros fatores que podem colocar em risco uma safra inteira.
Na cultura do alho, esse cenário é agravado pelos elevados custos de produção, escassez de mão de obra e concorrência desleal com os produtos importados. Alertamos ainda para o risco dos produtores de alho de Goiás perderem competitividade em relação ao restante do Brasil, desestimulando a produção, a geração de empregos e trazendo prejuízos ao estado. Atualmente, Goiás produz quatro mil hectares de alho e emprega mais 60 mil trabalhadores.
Por fim, a taxação do setor responsável por colocar a comida na mesa dos brasileiros poderá trazer reflexos negativos a toda a cadeia produtiva, inclusive com o risco de aumento de preços dos alimentos para o consumidor final.
Diante do exposto, a Anapa e Agopa se manifestam contrárias a qualquer taxação do agronegócio e solicita à Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), bem como aos parlamentares e ao poder Executivo goiano, para que não sigam em frente com esse projeto.