A fase de experimentos da pesquisa de gerenciamento de podridão branca, raiz rosada e outras doenças de solo começou neste mês, onde foi feita a fumigação de solo para a desinfecção das pragas. O projeto de pesquisa é uma inciativa da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA).
O estudo está sendo liderado pelos pesquisadores Oscar Villalta e Carlos Inácio Garcia de Oliveira e pela Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da ANAPA, Mirian Delgado, com a colaboração de produtores e consultores de alho dos estados de Minas Gerais e Goiás.
O principal objetivo do estudo é desenvolver mecanismos para a prevenção de doenças e medidas de controle, incluindo uma estratégia integrada, para melhorar o manejo da Podridão Branca, aumentar a produtividade e restaurar campos infectados para produção de alho.
Atualmente, a forma mais efetiva para combater as doenças é com o uso de fungicidas. Esses protocolos foram instalados nas cidades de Cristalina e Água Fria, no estado de Goiás, e em São Gotardo, em Minas Gerais, visando principalmente o controle de raiz rosada e podridão branca.
O fumigante de solo utilizado nos ensaios pré-plantios (2020/2021) nesta primeira etapa, foi o Bunema 330 CS®️ que tem ação fungicida, nematicida e herbicida. Este produto é indicado para o controle de fungos de solo, nematoides e plantas daninhas que causam danos à cultura do alho.
“Outros fumigantes químicos de baixo custo serão avaliados na medida em que se tornarem disponíveis para a pesquisa”, afirmou o pesquisador Oscar Villalta.
Segundo a Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da ANAPA, Mirian Delgado, “Esse trabalho de pesquisa foi iniciado no ano passado (2020) e será realizado ao longo de três anos, sendo que os resultados da pesquisa em 2020 serão divulgados através de um seminário e divulgação de artigo nos próximos meses” concluiu.
Próximos passos:
O período de carência entre à aplicação do Bunema 330 CS®️ e a programação de plantio do alho são de, no mínimo, 20 (vinte) dias, tempo que serão avaliados novos tratamentos fungicidas identificados a partir de pesquisas realizadas em colaboração com Bruna de Souza, da COOPACER. Em Minas Gerais, a expectativa é que o plantio de sementes-teste seja no dia 5 de maio, sendo que no Estado de Goiás a previsão de plantio ficou entre os dias 5 e 13 de maio, no Grupo Tanabe (Água Fria de Goiás) e Agrícola Wehrmann (Cristalina), respectivamente.
Oscar Villalta afirma que, após o plantio do alho, os tratamentos fungicidas serão aplicados com base nos riscos de desenvolvimentos de doenças, que serão determinados a partir de dados climáticos registrados pelas estações meteorológicas iCrop, instaladas e localizadas ao redor de cada campo experimental, sendo que “ao final da pesquisa, todos os resultados serão incorporados num guia de boas práticas para o manejo das doenças de solos que atacam o alho no Cerrado Brasileiro”, finalizou Oscar Villata.