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Dumping prejudica pequenos produtores

06 de julho de 2020

Atualmente a cultura de alho no Brasil garante a subsistência de cerca de cinco mil produtores, que em sua maioria é composta de agricultores familiares, gerando em sua cadeia produtiva cerca de 170 mil postos de trabalho no país.

Como forma de resguardar o mercado doméstico de práticas desleais de comércio internacional, vigora aqui o direito antidumping. Essa legislação é aplicada à importação de alhos frescos ou refrigerados originários da China e com recolhimento de alíquota de US$ 0,70 por aquilo do produto chinês que adentra o País.

Diante de quadro, o deputado Federal Zé Vitor (PL-MG), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), traz à tona prática recorrente da empresa Food Trade Importação e Exportação Ltda., na tentativa de burlar a cobrança de antidumping por importação de alho chinês. O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, deu declarações a respeito ao Diário da Manhã.

O parlamentar conta que no último dia 25 de junho, a ANAPA notificou à Receita Federal do Brasil sobre possível tentativa de facilitação dos trâmites aduaneiros por parte da empresa Food Trade Importação e Exportação Ltda., visando o não recolhimento de direito antidumping sobre o alho fresco por ela importado da China, referente a importação de 130 toneladas do produto chinês – o equivalente a US$ 101.400,00.

Goiás

Brasil detém uma área total de 13,5 mil hectares de alho. Mais de 75% encontram-se cultivados em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. E 25% hectares se situam no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e paraná. O cultivo se dá basicamente por agricultores familiares nas regiões mais frias daqueles estados. Há 4.870 produtores dessa olericultura no País.

Em Goiás, os pólos da produção se localizam nos municípios de Cristalina, Campo Alegre, Água Fria de Goiás, Cabeceiras e catalão.

 

Wandell Seixas, Diário da Manhã