As lavouras de alho em Minas Gerais, a maior região produtora dessa hortaliça no Brasil, estão em pleno desenvolvimento, mas um assunto tem preocupado os produtores: manejo da podridão branca, considerada uma das doenças fúngicas mais ameaçadoras nesta cultura. Para ampliar o debate sobre as melhores práticas de controle deste patógeno, as Associações Nacional e Mineira dos Produtores de Alho (Anapa e Amipa), em parceria com a Syngenta, promoveram, nesta quinta-feira (15) em São Gotardo (MG), o Giro Técnico com a participação do Dr. Everaldo Lopes, da Universidade Federal de Viçosa-CRP, um especialista neste tema.
“Foi um prazer participar desse giro técnico e fazer uma troca de experiências muito rica com os produtores sobre esse tema extremamente importante e desafiador, que é a podridão branca, falando sobre etiologia, epidemiologia e manejo dessa cultura”, avaliou Lopes. O professor destacou ainda a importância da integração entre os meios cientifico e produtivo.
“Eventos como esse permitem que os produtores troquem experiências entre si e consigam visualizar o que o outro está fazendo de bom e replicar em sua propriedade. Ao mesmo tempo, também podem conversar com especialistas, que conseguem passar conhecimento, mas também aprender com os produtores. Então, foi uma experiência muito valiosa”, completou.
Os participantes do giro tiveram a oportunidade de visitar lavouras de três propriedades: 4F Agronegócios, Grupo Leópolis e Alho Hort Vida, empresas parcerias da Anapa e que se colocaram à disposição para compartilhar suas práticas agrícolas com os visitantes. Segundo o produtor rural Hugo Shimada, e fundamental que os produtores estejam cada vez mais presentes e participativos na associação, além de valorizarem as empresas que vêm trabalhando para fortalecer a cadeia produtiva.
“Independentemente da região, os produtores devem estar sempre junto das associações ainda mais neste momento que temos que focar na renovação do direito antidumping. Outra questão importante é os produtores reconhecerem o esforço da indústria, principalmente da Syngenta, e prestigiar quem está valorizando cadeia produtiva”, disse.