Na condição de presidente da Anapa e de produtor rural sei das dificuldades que o setor alheiro está passando. Sei que os pequenos produtores, os produtores do sul do país, estão atravessando série crise, com dificuldades de pagamentos e de crédito para nova safra.
No entanto, gostaria de frisar que a ANAPA não está inerte frente a esta situação. Porém, nem tudo pode ser resolvido pela Associação, já que existem questões legais que impedem medidas mais robustas.
O preço do alho sofre com a demanda da China, que precifica o mercado mundial, e com as medidas liminares. Quanto a essas, a ANAPA adotou uma série de medidas e que de forma gradual já tem surtido resultado. Ainda não alcançamos o cenário ideal, mas com certeza isso em breve ocorrerá.
Outro problema é a importação do alho argentino, relativo ao preço e à qualidade. A ANAPA já oficiou a Receita Federal e o Ministério da Agricultura sobre o ingresso sem fiscalização, exigindo uma política mais protetiva e eficaz. É preciso frisar que o Mercosul viabiliza o livre comércio, o que dificulta medidas contra a Argentina. Mas, dentro dos limites, estamos buscando soluções viáveis.
A ANAPA também irá interceder junto aos órgãos públicos para que seja possível viabilizar os pagamentos sem que haja prejuízo ao produtor e à safra.
Enfim, estamos passando por um momento difícil, que exige união e ação. A ANAPA está agindo, em benefício de todos e a bem da cultura do alho.