As expectativas para a safra deste ano são positivas no Brasil. Segundo a Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), o país deve chegar a 250 mil toneladas de alho com uma área de plantação de 18 mil hectares. Os números representam um aumento em relação a 2021, quando a colheita alcançou 220 mil toneladas e 16 mil hectares.

O resultado positivo desta safra se deve, principalmente, ao desempenho do “cerrado”, onde a área de produção alcançou 14,5 mil hectares e a colheita segue a todo vapor nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, no período de julho e setembro. Enquanto isso, os produtores do sul estão na fase final de plantio e só devem começar a colheita no mês de novembro. Na região, as áreas de cultivo devem totalizar 3 mil hectares nesta safra.

“Vivemos em uma país continental, com grandes diferenças entre as regiões. Isso garante, no caso do alho, que tenhamos uma oferta do produto nacional o ano inteiro. Ainda não somos autossuficientes, mas estamos a cada safra ampliando a nossa produção e conquistando o consumidor com a qualidade do nosso produto. O Brasil produz o melhor alho do mundo”, explicou o presidente da Anapa, Rafael Corsino.

Neste ano, a produção nacional será responsável por abastecer quase 70% do mercado brasileiro e somente 30% será suprido com o alho importado. Atualmente, a China e a Argentina são os principais fornecedores de alho para o Brasil.  Além da concorrência com o produto importado, a competitividade dos produtores brasileiros é afetada pelo aumento dos custos da produção. A Anapa estima que o cultivo do alho gera um investimento, em média, de R$ 200 mil por hectare, o valor inclui as despesas com mão de obra, sementes, fertilizantes e outros insumos.