Segundo matéria publicada nesta semana pelo site espanhol Fresh Plaza, O gerente-geral da Associação de Produtores, embaladores e exportadores de alho de Mendoza, (ASCOMAN), Guillermo San Martin acredita que a realidade dos produtores de alho na província argentina pode ser afetada com a posse do presidente Jair Bolsonaro no Brasil, que é o principal destino do alho produzido em Mendoza.
Diferentes setores produtivos da província acompanham de perto tudo o que acontece no Brasil, As especulações sobre as possíveis modificações no Mercosul geram esperança em algumas áreas de produção e medo em outras.
“Embora possam ter mudanças no Mercosul, a estrutura institucional será mantida, mas estamos mais preocupados que a produção chinesa entre no mercado sem alguma forma de proteção, pois todos os mercados impõem tarifas antidumping”, afirma Guillermo.
O gerente geral, reforça a sua preocupação com a produção da china que é entre 600 e 700 mil hectares por ano, enquanto a Argentina são somente 10 mil. Quando a China tem excedentes, envia para o mercado externo, pelo menos 100 ou 150 mil hectares do que foi produzido, o que reduz o preço pela metade.
“São eles que impõem o ritmo dos preços, eles vendem um terço dos nossos custos de produção “, conclui Guillermo.