Na última reunião do ano promovida pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças, do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, levou para debate a pauta do reconhecimento da China como economia de mercado.
Corsino lembrou que o prazo fixado pelo Protocolo de Adessão da China à OMC expira no próximo dia 11 de dezembro. “O reconhecimento da China como economia de mercado, pode provocar efeitos grandiosos em muitas cadeias, incluindo o alho”, disse.
O presidente da ANAPA destacou, no entanto, que não se pode confundir o reconhecimento da China como economia de mercado, com a metodologia usada para fixação do direito antidumping. Ele ressaltou que a legislação interna brasileira possibilita a utilização da metodologia paralela para identificar o valor normal do preço de exportação, como, por exemplo, usar como base o preço de um terceiro país.
“A ANAPA entende que o Brasil continuará adotando a metodologia sobre o valor normal de acordo com um terceiro país, na forma da sua legislação em vigor. Até porque, a competência para tal definição é exclusiva do Brasil, por meio da Camex e não da OMC”, explicou, ao ressaltar que o reconhecimento da China não anula essa prática.
A reunião presidida pelo sr. Waldir Lemos, contou ainda com a participação do secretário da Câmara Setorial, Marconi Albuquerque e representantes do SEBRAE, ANACE, CONAB, ANVISA, ABRACEN, CEAGESP, SINCAESP, ABASMIG, EMBRAPA, ABCSEM e CNA.