Não é de hoje que circulam notícias sobre a má qualidade do alho produzido na china. Recentemente o site argentino “Despierta” levantou, novamente, a questão da contaminação dos alhos asiáticos por pesticidas e metais pesados. Segundo a reportagem, muitos agricultores chineses usam pesticidas ilegais e prejudiciais para acelerar a colheita de alho e aumentar a produção.
O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, sugere que os consumidores tenham cautela na hora da compra do produto oriundo da China. “Infelizmente o Brasil ainda importa bastante alho chinês, 40% do nosso mercado interno é abastecido pelo gigante asiático. O consumidor brasileiro precisa estar alerta e sempre que possível priorizar o produto nacional”, disse Corsino.
Ainda de acordo com a reportagem do site argentino, muitos agricultores chineses usam forato e paration, dois pesticidas proibidos pelo governo, usados para economizar tempo e esforço. A matéria aponta, também, que solo da China está contaminado por metais pesados, como o cádmio e arsênico.
“Esse assunto merece uma investigação minuciosa por parte do governo brasileiro. É necessário averiguar se o produto chinês que chega ao Brasil está dentro dos padrões de segurança alimentar e nutricional”, avaliou o presidente da ANAPA.
Corsino destaca que a Associação Nacional dos Produtores de Alho incentiva o crescimento da produção brasileira, porém sem comprometer a qualidade do produto. “O produtor brasileiro tem vocação. Nós temos total condição de aumentar a produção de alho no país, porém é importante o apoio do governo, para que não haja uma competição desleal entre o alho importado e o nacional”, analisou.
“O alho brasileiro supera o chinês, tanto no sabor, quanto nas propriedades nutracêuticas. Para um dente de alho brasileiro, são necessários cinco dentes do chinês”, completou Rafael Corsino.