O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, solicitou a prorrogação do uso de bloco de notas para os agricultores do Estado de Goiás, em reunião na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG). No início deste semestre, a Secretaria de Estado da Fazenda de Goiás (SEFAZ/GO) comunicou que substituirá o modelo de bloco de notas de papel por nota eletrônica.

Corsino considera necessário o adiamento, tendo em vista a dificuldade que a maioria dos produtores rurais ainda enfrenta com a tecnologia disponível no Estado, em especial de redes de internet e equipamentos. “Nós, produtores, entendemos que a SEFAZ está trabalhando para melhorar as ferramentas fiscais, mas, para a concretização desta mudança, é necessário que o agricultor tenha em mãos estrutura e acesso à internet, caso contrário será um incentivo a informalidade”, esclareceu.

O diretor executivo do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), Edson Novaes, informou que o Órgão, que em parceria com a FAEG e o SENAR de Goiás manifestará a necessidade de prorrogação do uso do bloco de notas, junto a SEFAZ.

“Devido a inconstância do mercado, o produtor de hortifrúti tem a necessidade de emitir documentos fiscais, em muitas ocasiões, foram do horário comercial e de dias úteis e temem ser penalizados com a exclusiva emissão de documentos fiscais eletrônicos, apesar de todo o esforço do Estado de Goiás”, revelou.

Verba Compulsória

Ainda em Goiânia, Corsino, em reunião com o presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Fábio Meireles, e com membros da Aprosoja/GO, discutiram a possibilidade de criar um fundo compulsório para o setor de hortifrúti do Estado de Goiás.