A Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), em parceria com a Associação Nacional dos Produtores de Cebola (ANACE), entrou com pedido no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), IBAMA e ANVISA, para declarar estado de emergência para manejo de plantas daninhas nas culturas do alho e da cebola. O presidente nacional das associações, Rafael Corsino, solicitou ainda a autorização para execução de experimentos em Instituições de Pesquisa e Ensino sem o registro especial temporário (RET) dos produtos potenciais substitutos ao Totril® e Ronstar® inclusive de moléculas que não apresentam registro no Brasil.
“Os produtores de alho e cebola estão sem alternativas de uso de herbicidas registrados. Fato que compromete a produção de bulbos de forma competitiva”, informou Corsino.
Segundo ele, o método mais eficiente para manejo das plantas daninhas no alho é o uso de herbicidas em duas modalidades – pré-emergentes e pós-emergentes. No entanto, a partir do inicio do ano de 2020 o Totril® (ioxynil) único herbicida registrado para controle de plantas daninhas de folhas largas em pós-emergência no alho e cebola em semeadura direta foi descontinuado no país.
“Se mal manejadas, as plantas daninhas podem inviabilizar a produção de bulbos de alho e cebola”, disse o presidente, ao explicar que o sistema de produção dessas culturas, principalmente no Cerrado, apresentam aspectos que favorecem alta incidência de plantas daninhas.