As ações firmadas no acordo de cooperação entre a Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) e a Associação dos Produtores e Exportadores de Alho de Mendoza (ASOCAMEN), já dão os primeiros resultados. Isso porque as autoridades da Argentina começaram a barrar as exportações de alho em sacos de polipropileno, que tem acarretado prejuízos comerciais para produtores brasileiros e argentinos.
Segundo informações do gerente geral da ASOCAMEN, Guillermo San Martin, nas últimas semanas, o SENASA (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar do governo Argentino) rechaçou inúmeras cargas de alho em sacos de 20kg, nas alfândegas de Mendoza e Santo Tomé.
Na visão do presidente da ANAPA, Rafael Jorge Corsino, as exportações indiscriminadas em sacos prejudicam não somente os produtores, mas também os exportadores que comercializam o produto em caixas, dentro dos padrões exigidos pelo mercado de alho.
“O produto, quando importado em sacos, chega ao Brasil a um custo muito inferior, tirando a competitividade do produtor de alho brasileiro. A sugestão da ANAPA é que somente alho indústria e de classificação 2 e 3 sejam importados em sacos, pois esses produtos tem menor valor agregado”, argumentou o presidente.
A medida atende a uma reivindicação dos produtores brasileiros, sobretudo, de Santa Catarina, reforçada no último Encontro Nacional dos Produtores de Alho.