Para facilitar o monitoramento agrometeorológico da produção agrícola, a Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) e o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Universidade Estadual de Campinas (Cepagri/Unicamp) estão desenvolvendo uma nova versão do Sistema Agritempo. O programa vai ser apresentado ao público na 21ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow, que ocorre em Ribeirão Preto (SP), de 28 de abril a 2 de maio.
A pesquisadora da Embrapa Informática Agropecuária Luciana Alvim Santos Romani, líder do projeto, explica que a equipe está desenvolvendo uma plataforma computacional atualizada, aliada a uma interface baseada no conceito de web 2.0, que permite mais flexibilidade no uso dos recursos tecnológicos. “Além de recursos que vão permitir visualizar melhor o sistema em celulares e tablets, ele será apresentado nos idiomas português, inglês, francês e espanhol, já que também é consultado por usuários internacionais”, conta Luciana.
O objetivo é atender melhor às necessidades dos produtores, que estão cada vez mais conectados. O uso de dispositivos móveis, como tablets e celulares, para gerenciar as atividades agrícolas é crescente no País, incluindo diversos serviços como alertas agrometeorológicos, monitoramento de safras, controle de aplicação de agrotóxicos e diagnóstico de pragas e doenças. Esses serviços ajudam o produtor a tomar uma rápida decisão.
O Agritempo é um sistema de monitoramento agrometeorológico disponível na internet que permite o acesso gratuito às informações meteorológicas e agrometeorológicas de todos os municípios brasileiros. Resultado de parceria entre várias instituições nacionais, é um consórcio que organiza e administra dados de um conjunto de mais de 1.400 estações meteorológicas espalhadas pelo País. Criado em 2003, o sistema está sendo aperfeiçoado para uma versão mais interativa e com funcionalidades que buscam atender aos interesses dos diversos públicos da Embrapa.
Entre os novos recursos tecnológicos destaca-se o uso de ferramentas de WebGis, que permitem a geração personalizada de uma série de mapas de previsão e monitoramento, além de gráficos de dados históricos, de acordo com critérios selecionados pelo usuário, como período e região desejada. A tecnologia foi avaliada por representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Meio Ambiente, Casas da Agricultura, universidades, institutos de pesquisa e instituições de assistência técnica e extensão rural.