A Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa) deu início ao cadastro e ao levantamento das demandas dos produtores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O trabalho é realizado por duas consultoras contratadas pela associação para visitar os agricultores e identificar, por exemplo, as necessidades de pesquisa, a área de produção e os principais entraves técnicos e políticos que dificultam a produção de alho na região Sul.

Em Santa Catarina, a consultora Karina Goede está percorrendo as fazendas do estado desde dezembro. Já no Rio Grande do Sul, o mapeamento é conduzido pela profissional Renata Caires. Ambas já têm experiência na cultura do alho por serem bolsistas em projetos realizados pela Anapa e deverão concluir as visitas até fevereiro. A próxima etapa será a sistematização dos dados coletados, considerados essenciais para o planejamento das ações de pesquisa das associações estaduais e nacional.

Além de possibilitar uma maior aproximação com os alhicultores, o mapeamento, segundo o presidente da Anapa, Rafael Corsino, visa fortalecer a cultura do alho nos estados do sul. “A partir da identificação das principais dores e problemas que afetam os produtores gaúchos e catarinenses, saberemos quais são os protocolos de pesquisa que deveremos investir para atender as demandas dos produtores”, explicou. “O nosso objetivo central é ajudar a ampliar a produção de alho em todo o país”, completou Corsino.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul, junto com Goiás e Minas Gerais, formam as principais regiões produtoras de alho do Brasil e os quatro estados concentram mais 90% da produção nacional. No entanto, o Sul e o Cerrado apresentam períodos de safra diferentes. Em Minas e Goiás, o plantio ocorre entre março e maio, e a colheita inicia em meados de junho e segue até setembro. Já nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o plantio ocorre em junho e julho, e a colheita é realizada em novembro e dezembro.