News

Nota de Repúdio

11 de janeiro de 2017

A Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) repudia o samba-enredo que a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense levará para a avenida carioca no Carnaval deste ano. Com o tema “Xingu, o clamor que vem da floresta”, a Escola de Samba coloca o setor do agronegócio como vilão da natureza, dos índios e da população em geral, a exemplo da letra que chama os agricultores e pecuaristas de “monstros” e das alas “fazendeiro e seus agrotóxicos” e “doenças e pragas”, que desfilarão na avenida.

A ANAPA lamenta que uma Escola de Samba, que participa com destaque da maior festa popular brasileira, com milhares de admiradores dentro e fora do país, esteja reforçando um estereótipo antiquado, fora da realidade e contribuindo com a desinformação de milhões de pessoas.

Na contramão do que a Escola quer transmitir, o Brasil está entre os países que mais preserva a vegetação nativa. O produtor brasileiro cumpre diariamente o desafio de produzir mais alimentos, com produtividade, qualidade, segurança e práticas sustentáveis.  Alimentos estes, que nutrem milhares de brasileiros e está segurando a economia do país na sua pior crise, sendo um dos poucos setores que ainda gera emprego e renda.

O fato é que, talvez os carnavalescos em questão desconheçam, o agronegócio brasileiro está presente em todas as instâncias, inclusive no desfile da Imperatriz Leopoldinense. O Carnaval e, consequentemente, a Escola, se beneficiam dos alimentos e matérias-primas que são produzidos no campo, por trabalhadores que nem de longe são “monstros”, mas sim os verdadeiros “guerreiros”.

 

Rafael Jorge Corsino, Presidente da ANAPA