Em Goiás, o segundo maior produtor de alho no País, os agricultores estão animados com a safra. O aumento de produção deve passar dos 20%

O produtor Plínio Fontão, é agricultor em uma fazenda em Cristalina, no leste de Goiás. O produtor planta 30 hectares em uma área irrigada. Ele está otimista. O preço da hortaliça nunca esteve tão atraente: R$150,00 uma caixa com 10kg. Ano passado, estava em torno de R$100,00.

“Tendo 50 mil dentes a mais, você colhe 50 mil cabeças a mais”, calcula o produtor Plínio Fontão.

Esse ano, Plínio optou por plantar o alho branco, uma vez que o alho roxo está com o custo mais elevado.  O agricultor espera conseguir 18 toneladas por hectare na colheita, em julho, 20% a mais que no ano passado. O bom momento do alho, beneficia quem vive do campo. 100 trabalhadores foram contratados para o plantio, a maioria veio de estados do Nordeste.

O trabalhador rural, Francisco Rodrigues, que veio do Maranhão, está gostando do novo trabalho. “Nunca tinha plantado alho e está bom”, disse Francisco.

O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, explica que a queda da produção de alho na china, principal produtor mundial, fez com que faltasse a hortaliça no mercado brasileiro. Por isso o preço do alho, produzido no país, disparou. “Anos bons de preço é bom para o produtor nacional, porque é a oportunidade dele se capitalizar e ampliar a área de plantio, tornando o país menos dependente de produtos importados”, explica Corsino.

O presidente da ANAPA acredita que na região Centro-Oeste, o aumento de produção deve passar dos 20%. O ponto de equilíbrio deve acontecer somente em julho, com o início da colheita.

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