Presidente da Anapa leva ao conhecimento do Ministério da Agricultura, demandas judiciais do setor, a necessidade de revisão dos padrões de alho e, ainda, memorando que conta a importância da defesa desta cultura
O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), Rafael Jorge Corsino, solicitou, ao diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Fábio Fernandes, apoio na tramitação de uma liminar, em andamento na Justiça Federal do DF, que permitiu o não pagamento da tarifa antidumping, sobre o alho classificado “tipo especial”.
“Uma empresa importadora entrou com ação, alegando que para o alho chinês, tipo especial, não precisa recolher a tarifa antidumping. É uma argumentação absurda! A tarifa antidumping abrange qualquer tipo de classificação de alho”, disparou Rafael Corsino, em reunião, que ocorreu na última terça-feira (8).
O diretor do DIPOV saiu em defesa dos produtores nacionais de alho. Para Fabio Fernandes, essa liminar, decidida em 1ª instância, traz uma “interpretação equivocada”, da última revisão de escopo.
Ainda no encontro, o presidente da Anapa sugeriu uma atualização dos padrões de produtos hortícolas, sobretudo o alho. Segundo Corsino, os padrões instituídos pela portaria 242/92, já estão defasados diante da volatilidade do mercado nacional e internacional do alho.
Rafael Corsino lembrou que, recentemente, a Argentina fez alterações na norma dos padrões do alho. “Vamos provocar essa mudança também aqui, no Brasil”, disparou.
O presidente da Anapa aproveitou a oportunidade e entregou, ao diretor do DIPOV, o memorando “Em defesa da cultura do alho”. O material, que relata a história de lutas e conquistas do setor, ao longo das últimas quatro décadas, produzido pela Associação Nacional dos Produtores de Alho, será entregue a todas as autoridades que, de certa forma, fazem parte da cadeia produtiva.