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Rastreabilidade, você sabe o que é isso?

28 de abril de 2021

Já se perguntou de onde vem o alho que tempera a sua comida? Pois então, é exatamente para responder a esse tipo de pergunta que o procedimento denominado “rastreabilidade” foi criado.

As regulamentações sobre rastreabilidade foram elaboradas pelo Ministério da Agricultura juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A legislação que rege o tema segue a tendência do mercado de horticultura, sobretudo na cultura do alho, visando melhorar a qualidade dos processos e da gestão agrícola.

De acordo com o diretor técnico da ANAPA, Marco Antônio Lucini, a rastreabilidade na cultura do alho existe no estado de Santa Catarina desde 2018, com a aprovação da Instrução Normativa Conjunta nº 2 (NI2), onde o QR Code encontrado nas caixas de alho permite que o consumidor acesse todas as informações necessárias. O mesmo procedimento também acontece nos Estados de Minas Gerais, Goiás e no Rio Grande do Sul.

O objetivo, segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), é acompanhar o caminho que o produto percorre ao longo da cadeia produtiva, permitindo controlar, por exemplo, quem plantou, quais as aplicações foram realizadas no cultivo, quando foi colhido e para quem o produto será vendido.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho, Rafael Corsino, “A rastreabilidade nada mais é que contar a história do alimento e, para isso, é necessário que todos os integrantes da cadeia (produtor, distribuidor e varejista) respeitem a norma, fazendo com que a história do alimento seja contada da forma correta” concluiu Corsino.

A dificuldade de o consumidor conhecer a origem e o destino do alho cultivado se dá apenas quando o produto é vendido a granel nas gôndolas dos supermercados.

Segundo Giniane Lopes, representante da empresa Rastreagro que atende aproximadamente 68% dos produtores de alho em todo o Brasil, existe a preocupação em se aplicar as boas práticas agrícolas, disponibilizando ao consumidor final alimento de qualidade e segurança.

Deste modo, a disponibilização de informações de todo o processo de cultivo do alho resulta em relações mais transparentes com o consumidor final, que, por sua vez, exige do segmento varejista um produto melhor, mais fresco e seguro.