A Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) firmou parceria com o pesquisador Oscar Villalta e, em trabalho conjunto com o consultor Carlos Inácio Garcia de Oliveira, dará início aos estudos sobre doenças da cultura do alho, já no início de 2020.
“Renovamos a tarifa antidumping por mais cinco anos. Agora, precisamos fazer o dever de casa e pensar em ações estratégicas, na área de pesquisa, tecnologia e inovação, que possam agregar mais competitividade ao produto nacional”, avaliou o presidente da ANAPA, Rafael Jorge Corsino.
O objetivo do projeto sobre doenças de solo é intensificar as pesquisas de manejo, sobretudo, de raiz rosada e podridão branca, principais enfermidades presentes em todas as regiões produtoras do Brasil.
Segundo Corsino, além das doenças de solo, a ANAPA pretende investir em pesquisas para melhoramento genético e no aprimoramento da multiplicação do alho semente livre de vírus. “Precisamos de uma produção mais sustentável e com mais produtividade”, completou.
Recentemente a ANAPA encaminhou um documento à Embrapa, com sugestões de pesquisa para a cultura do alho. A associação apontou a urgência de testar produtos que substituam os herbicidas Totril e Ronstar para a safra de 2020, já que os mesmos serão descontinuados.
“Essa situação nos preocupa. Tanto é que antecipamos os estudos com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e estamos apoiando o projeto de Prospecção de herbicidas pós-emergente na cultura do alho, coordenado pelo professor Marcelo Reis”, disse Rafael Corsino.
Sobre nematoides e nematicidas, a ANAPA solicitou à Embrapa que fossem realizados novos testes, com novas moléculas, para o tratamento do alho-semente e para o solo. De acordo com o levantamento do agrônomo Marco Antônio Lucini, o nematoide (Dithylenchus dipsaci) continua sendo um sério problema, especialmente na região sul do país.