A Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) levou para a pauta de reunião da Câmara Setorial de Hortaliças, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que ocorreu na última quarta-feira (13), o problema das importações de alho em sacos, que chegam ao Brasil, com bulbos sujos.
“É de conhecimento da ANAPA, que alhos oriundos da Argentina estão sendo importados para o Brasil em sacos de polipropileno, sem a toalete. Ou seja, sem aquela primeira limpeza pela qual o produto passa. A importação do alho nestas condições é algo que coloca em risco a segurança alimentar do país, pois sabemos que tal prática abre portas para a entrada de pragas no Brasil”, observou o diretor executivo da ANAPA, Ronaldo Troncha.
Segundo informou Troncha, os importadores compram alho no campo, ‘a varrer’ ou no monte, apenas cortados, embalam em sacos sem quaisquer classificação e seleção de tamanho e qualidade e trazem para o Brasil, por um valor abaixo do praticado para os alhos que estão classificados, toaletados, selecionados e embalados.
“A ANAPA entende que o alho importado da Argentina e de qualquer outro país deve vir classificado dentro das normas e padrões de qualidade, em envase secundário rígido, além, é claro, de estar com os bulbos limpos. É dessa forma que o mercado nacional opera e sempre operou para com os alhos importados”, advertiu Troncha.