O Ministério da Economia decidirá até outubro se o governo vai manter ou não a tarifa antidumping para a entrada do alho chinês. Uma nota técnica do Departamento de Defesa Comercial, com mais de 200 páginas foi publicada na tarde desta sexta-feira (26). O documento deverá subsidiar o secretário especial do Ministério, Marcos Troyjo a tomar uma decisão. Para os produtores nacionais de alho, sem a cobrança da tarifa, o país seria inundado pelo produto chinês e isso provocaria demissões no campo.

Há 23 anos, o governo aplica tarifa antidumping para a importação do alho chinês. São US$7,80 para cada caixa de 10 kg. Com a tarifa, o alho que vem da China entra no Brasil num valor que equivale aos custos de produção dos agricultores brasileiros. Mas sem a cobrança, o produto entraria 30%mais barato, situação que colocaria em risco o setor nacional.

Em uma análise preliminar do documento divulgado nesta sexta-feira(26), a Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) considera que o governo concorda que a não renovação da tarifa antidumping é nociva ao setor produtivo. A ANAPA disse também que a equipe técnica e jurídica da entidade vai avaliar com calma cada trecho da nota técnica.

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