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ANAPA pede apoio ao MAPA para renovação do direito antidumping

22 de março de 2019

“A tarifa antidumping é crucial para garantir uma competitividade equilibrada e justa”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, em reunião com a ministra da agricultura, Tereza Cristina. Corsino solicitou apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no procedimento de renovação do direito antidumping.

“De acordo com os dados levantados, sem a aplicação do direito antidumping, o produto importado da China pode chegar até R$ 30 abaixo do custo de produção do alho nacional. Isso significa acabar com a produção de alho no Brasil”, informou o presidente.

A ministra Tereza Cristina disse que o MAPA defende a renovação do antidumping para o alho e que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, está sensível ao tema. ” O caso do alho é bem diferente do que ocorreu com o setor do leite”.

Corsino também pediu ajuda no combate à indústria de liminares. Segundo ele, a concessão indevida de liminares judiciais, que permitem o desembaraço do alho importado sem o pagamento da tarifa antidumping, ainda ocorre e os reflexos dessas ações estão no campo. “Muitos produtores diminuíram a área plantada e estão dispensando funcionários. Na região sul, por exemplo, os agricultores familiares catarinenses estão endividados, sem perspectivas de produção para a próxima safra. A situação é gravíssima”, alertou Rafael Corsino.

Na opinião do presidente, as liminares são infundadas, pois a resolução emitida pela CAMEX, nº47 de julho de 2017, deixa claro que o direito antidumping incide sobre todo e qualquer alho chinês.