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Produtores de alho realizam “tratoraço” em Santa Catarina

25 de abril de 2018

Produtores de alho de Curitibanos, Frei Rogério, Brunópolis, Fraiburgo e Lebon Régis (SC), realizaram nesta quarta-feira (25), o “tratoraço”, a fim de solicitar às instituições financeiras a prorrogação de financiamentos e que possam conceder melhores condições e prazos aos agricultores.

Com uma comissão formada por representantes da Associação Catarinense de Produtores de alho (ACAPA) e produtores da região, buscam sensibilizar o governo e as instituições financeiras para que não tenham suas finanças bloqueadas em função de atrasos no pagamento de parcelas dos financiamentos.

A concentração aconteceu no Parque de Exposições Pouso do Tropeiro, e teve como trajeto pelas avenidas Fioravante Ortigari e Salomão Carneiro de Almeida até a Praça Nereu Ramos (Praça dos Dotti), seguindo pela Mateus Conceição para entregas de documentos ao Banco do Brasil, Sicoob e Cresol.

 “A mobilização foi bem positiva, uma grande adesão, fizemos a entrega dos documentos ao Sicoob que prometeu analisar os casos individualmente e passar para matriz, enquanto o Banco do Brasil foi duro e categórico em afirmar que nada pode ser feito além de uma proposta que havia sido apresentada no mês anterior, e a Cresol se prontificou em fazer o possível para reverter essa situação levando o caso a superintendência em Chapecó (SC) ”, afirma o presidente estadual da ACAPA, Everson Tagliari.

O QUE PEDEM OS PRODUTORES

O produtores pedem a regulamentação da prorrogação dos financiamentos por até três anos através de laudo técnico, com flexibilização das finanças por parte das instituições bancária; rebate do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), que garante às famílias agricultoras que acessam o Pronaf Custeio ou o Pronaf Investimento, em caso de baixa de preços no mercado, um desconto no pagamento do financiamento; e a recontratação para nova safra, além da prorrogação do prazo para que os produtores possam comercializar o produto sem saturar o mercado.

CRISE DO SETOR

Enquanto os produtores da região mobilizam-se pela flexibilização de prazos, o alho está estocado nos galpões. Sem competitividade e sem preço para a mercadoria, os produtores estão preocupados com o futuro da agricultura da região, uma vez que o cultivo representa uma boa parcela da movimentação econômica local, principalmente para famílias que sobrevivem desse cultivo, como é o caso de Frei Rogério, onde mais da metade da população planta ou trabalha no setor com a classificação e corte do alho.

 

Fonte: Franciele Gasparini, jornal, http://asemanacuritibanos.com.br