As hortaliças produzidas em Santa Catarina, em sua grande maioria, vêm da agricultura familiar. O alho é uma das principais fontes de renda para os produtores locais. De acordo com o último boletim agropecuário, divulgado em 15 de março, esse tipo de cultura teve um aumento de 20% no estado, que é responsável por um quinto da produção nacional. Para que os números sigam crescendo, cuidar do manejo da água nessas plantações é essencial.
Um método utilizado para cuidar das nascentes, próximas ao cultivo, é o modelo Caxambu, sistema muito usado na região de Chapecó. Com ele, é possível ter água de melhor qualidade nas propriedades. A extensionista rural de Chapecó, Sônia Bortolanza, afirma que por ser totalmente fechado e isolado, o sistema também impede que animais possam contaminar a água. Depois da fonte protegida, a água pode ser destinada para consumo humano e animal. Além disso, comenta a importância de um pequeno agricultor aderir ao método, caso possua dentro da propriedade alguma pequena fonte superficial para ser protegida.
“É um modelo que o próprio agricultor pode estar fazendo na propriedade, ele tem autonomia para poder fazer essa proteção de fonte. Ele só tem vantagens, porque ele tem água na propriedade, pode fazer a proteção, ter o controle e realizar toda a conservação e cuidados necessários no entorno”, disse Sônia.
Preservação
O uso correto da água favorece tanto a produção agrícola quanto o aumento da qualidade de vida dos pequenos produtores. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER), Luiz Hessmann, o meio rural preserva muito bem as águas. “O meio rural preserva ‘muito bem, obrigado’ as águas. O que nós precisamos muito seriamente é com o urbano, que está dando alguns problemas. E a água para nós na agricultura é de fundamental importância, é um case de sucesso em qualquer atividade na pecuária ou na agricultura”, disse o presidente, reforçando a necessidade de haver equilíbrio entre as áreas rural e urbana.