O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), Rafael Jorge Corsino, em reunião com secretário de Comércio Exterior (SECEX), Abrão Neto, apresentou possíveis irregularidades que estão ocorrendo no mercado do alho, tais como a falta de identificação nas caixas de alho importadas, triangulação e subfaturamento. Segundo levantamento da ANAPA, esses crimes somam um prejuízo de mais de US$50 milhões aos cofres públicos.

“Constar a empresa importadora nas caixas de alho, por exemplo, é obrigatório e algumas empresas importadoras estão criando subterfúgios para não pagar a tarifa antidumping”, alega Corsino.

De acordo com o presidente da ANAPA, essas irregularidades na importação de alho têm reflexo prejudicial no setor. Ainda segundo o Rafael Corsino, no EADI de Nova Iguaçu vem ocorrendo com frequência o desembaraço de alho sem a identificação da empresa importadora.

Corsino lembrou que a produção de alho é uma atividade expressiva da agricultura brasileira e sua natureza é familiar e garante geração de empregos para milhares de trabalhadores, “Pois somos mais de 5 mil famílias e 150 mil trabalhadores envolvidos na cultura do alho” afirma.

“A ANAPA já notificou os órgãos competentes e esperamos uma ação rápida e eficaz do Governo”, reitera o presidente Corsino.

O secretário da SECEX, se mostrou bastante atento a situação e já mobilizou a equipe da SECEX para ajudar os produtores de alho. “O que não for da competência da SECEX, daremos o encaminhamento aos órgãos responsáveis para que não aconteça esse tipo de ilegalidade”, afirma Abrão.