O encontro institucional promovido pela Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) reuniu, na empresa agrícola Wehrmann, os produtores de Goiás e do Distrito Federal, na última sexta-feira (4). Além de discutirem as demandas do setor para o próximo semestre, como a agenda institucional e a safra 2017, os associados colocaram em pauta as necessidades dos agricultores da região.
Os produtores reclamaram da falta de segurança, sobretudo na área do PAD/DF. Segundo eles, furtos nas lavouras e roubos de carga de alho têm ocorrido com mais frequência. O presidente da ANAPA, Rafael Jorge Corsino, lembrou que ano passado a ANAPA solicitou à Policia Federal e às Secretarias de Segurança Pública, não só do Estado de Goiás, mas também de Minas Gerias, São Paulo e Bahia, que investigasse essas ocorrências, que ano após ano estão crescendo, causando transtorno e preocupação para os produtores.
Os associados da ANAPA querem, também, que o Governo de Goiás encontre uma solução para a emissão das notas fiscais eletrônicas. Recentemente, a Secretaria da Fazenda (SEFAZ/GO) substituiu o modelo tradicional de bloco de notas de papel, por nota eletrônica. O problema é que os produtores rurais do Estado de Goiás estão afastados dos grandes centros, sem estrutura de internet.
“No próximo dia 15 estarei em Goiânia, para discutir esse problema novamente com o Secretário da Fazenda. Espero que juntos possamos encontrar um solução, pois além de não termos acesso a internet, o site da própria SEFAZ precisa de ajustes para atender a grande demanda dos produtores”, comentou Rafael Corsino.
Institucional
O presidente nacional da ANAPA lembrou a conquista da última avaliação de escopo, que acabou com as dúvidas interpretativas relativas à incidência classificatória do antidumping para o alho. O decreto foi publicado no início de julho, pela CAMAEX.
Corsino avaliou, no entanto, que apesar desta vitória, os produtores de alho terão de se preparar para outra batalha em breve, mais precisamente ano que vem, quando a ANAPA dará entrada no pedido de renovação da tarifa antidumping.
“Até maio de 2018, a ANAPA terá reuniões periódicas com a equipe do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e do Departamento de Defesa Comercial para construir o melhor caminho para a próxima petição”, contou.