A Associação Nacional dos Produtores de Alho (Alho) entrou, recentemente, com pedido formal para que o Governo Federal verifique a qualidade do alho importado da China. Sabemos que o produto é indispensável no preparo de vários pratos da culinária e, no que depender da produção nacional, o alho cultivado no Brasil obedece com rigor os padrões de produção e sustentabilidade, desde o manejo de plantio, até o envio do produto aos supermercados e comerciantes.
O engenheiro agrônomo e diretor técnico da Associação Nacional dos Produtores de Alho, Marco Antônio Lucini, lembra que o produto produzido no Brasil é o alho nobre roxo, cultivado desde o Rio Grande do Sul até a Bahia. Segundo ele, na região sul o alho é produzido naturalmente no período de inverno e, no centro-oeste e Bahia, o alho precisa do choque frio para poder formar a cabeça.
“A produção nacional utiliza intensamente a mão de obra, praticamente todas as tarefas são manuais. O alho no Brasil, além de impulsionar a economia do país, gera 150 mil empregos e é a principal fonte de renda para milhares de famílias”, sinaliza Lucini.
E o consumidor já pode preparar o paladar, pois a nova safra de alho brasileira deve entrar no mercado nos próximos dias. Mas tanto na feira, quanto no supermercado, o cliente pode se deparar com o alho asiático. Aí vem a confusão. Como diferenciar o alho brasileiro, do alho chinês?
Os alhos embalados, por lei, devem ter a origem exibida no rótulo do produto. Mas caso o produto seja vendido a granel, sem nenhuma referência, aqui vão algumas dicas:
–Aparência externa: por fora, o alho brasileiro possui a túnica branca ou roxa. O chinês tem a túnica com variedades de branco a violeta.
–Aparência interna: a casca do dente é roxa. O alho chinês tem a casca do dente de cor marrom ou castanho.
Faça o teste: a alicina presente no alho brasileiro é mais intensa e marcante, conferindo, desta forma, mais sabor ao produto. Do ponto de vista gastronômico, um dente de alho brasileiro, equivale a cinco dentes do alho chinês.