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Com o objetivo de identificar os gargalos da produção e comercialização da cebola no país e propor políticas públicas para o setor, representantes desta cadeia produtiva reuniram-se em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília/DF, na última terça-feira (19).
Capitaneada pelo deputado Alceu Moreira (PMDB/RS), a reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural focou em pontos relevantes para o melhor desenvolvimento da cultura como baixa capacidade de armazenamento, escassez de mão de obra e importação do produto da Argentina e Europa.
O chefe-geral interino da Embrapa Hortaliças (Brasília/DF), Warley Nascimento, que na ocasião representava o presidente da Embrapa Maurício Lopes, apresentou dados socioeconômicos da cebola e apontou as áreas em que a pesquisa agropecuária mobiliza esforços para aprimorar a cadeia produtiva.
“Há tendência de mecanização da cultura para reduzir os custos de produção e de desenvolvimento de novas cultivares que atendam às necessidades dos agricultores, como produtividade; e dos consumidores, como baixa pungência e elevado teor de quercetina, substância antioxidante com inúmeros benefícios para saúde”, enumerou o pesquisador que também ressaltou aspectos relacionados aos nichos de mercado, aumento do consumo nacional, manejo da irrigação, controle de pragas e doenças e cultivo orgânico para agregação de valor.
Quarta hortaliça em volume de produção, com 1,4 milhão de tonelada em 60 mil hectares, totalizando uma produtividade média de 23 t/ha, a cebola é majoritariamente cultivada em sistema familiar (70%) e gera cerca de 180 mil postos de trabalho na fase de produção. Com valor da produção em R$ 800 milhões, as regiões que se destacam no cultivo da cebola são, respectivamente, Sul (50% da produção), Sudeste (21,6%) e Nordeste (24,5%).
Também participaram da audiência pública Edilson Guimarães, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Antônio Carlos Pagano, presidente da Câmara de Vereadores de Tavares/RS; Almir Schaffer, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cebola (ANACE); Daniel Schmitt, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/SC); Thiago Factor, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA); George Bandeira, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA); João Cabreira Filho, da Federação de Agricultura de São Paulo (FAESP); e Pedro Menezes, da Federação de Agricultura de Santa Catarina (FAESC).
