Produção deve ser 30% maior em relação ao ano passado. Clima e mercado externo devem fazer desta safra uma das melhores.
Rudinei Giotto plantou três hectares com alho na propriedade que fica em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. A previsão é colher 30 toneladas, produção semelhante à da última safra.
O inverno frio e chuvoso ajudou no desenvolvimento do produto. “Foi um ano bom, choveu bastante. A gente teve que ter um cuidado maior com as doenças, mas foi mais fácil. Dependemos menos da irrigação e a tendência é de um produto de boa qualidade”, diz.
Mas não foi só o clima que ajudou. A Argentina, que é um dos maiores concorrentes do alho nacional, teve uma queda de 60% na produção e, por isso, o lucro dos agricultores brasileiros deve ser maior.
O alho que está sendo colhido agora só deve chegar ao mercado em janeiro. O preço médio pago pelo quilo deve ficar entre R$ 6 e R$ 7, acréscimo de 15% em relação ao ano passado.
“As perspectivas são boas, visto que o alho está com uma excelente qualidade. O tempo colaborou e o produtor fez todas as atividades necessárias para um bom resultado. Acho que temos tudo para repetir o resultado do ano passado, que foi bom, com tendência até de ser melhor”, explica Olir Schiavenin, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho.
Ao todo, o estado deve colher 20 mil toneladas de alho roxo, que é o mais comercializado. A produção é vendida principalmente para São Paulo e Goiás.
O Rio Grande do Sul responde por 17% da produção nacional de alho.