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NOTA À IMPRENSA

08 de março de 2019

Em relação à matéria “O leite e o alho são apenas a ponta do iceberg do protecionismo brasileiro”, publicada nesta terça-feira (5), pela Gazeta do Povo, a Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA), esclarece que:

1- A tarifa antidumping incidente sobre o alho da China só existe porque em tais importações há a prática predatória do dumping, que consiste na ação de em uma ou mais empresas venderem o produto, por preços abaixo de seu valor justo para outro país, visando prejudicar e eliminar os produtores concorrentes locais, com o intuito de dominar o mercado e impor altos preços ao consumidor final.

2- Para impedir a ocorrência dessa atividade desonesta é que o governo brasileiro instituiu o direito antidumping para o alho importado da China, que não se trata de protecionismo, mas de um instrumento comercial que tem o objetivo de corrigir uma prática desleal de mercado.

3- Nos últimos 10 anos, a produção nacional de alho subiu de 20% para 45% da capacidade de abastecimento do consumo interno. Tais dados demostram que o produtor brasileiro, em condições justas de mercado, tem capacidade de crescer e expandir a produção.

4- É um equívoco afirmar que “a alíquota alfandegária brasileira é a maior entre os países emergentes e desenvolvidos”, visto que a taxa antidumping imposta pelo governo brasileiro está em US$ 7,80 (caixa de 10kg) e nos os EUA existe um imposto de importação ad valoren de 377%; e na África do Sul, a tarifa antidumping é de US$ 14,20/Kg.

5- A produção nacional de alho é altamente geradora de empregos, pois quase 100% das atividades são manuais. Um hectare de alho gera quatro empregos diretos. A média de 2013 a 2017 mostra que a geração de empregos diretos na cultura do alho foi de 42.106 postos de trabalho. Em toda a cadeia, são mais de 150 mil empregos diretos e indiretos.

6- Alho é tempero. O consumo médio por habitante no Brasil é de 1,5kg. O gasto com o produto para uma família, por exemplo, com quatros pessoas, é de R$ 90,00 ao ano.

7- Além de não interferir na inflação, o alho produzido no Brasil representa mais economia. Equiparando o sabor, no preparo do alimento, para cada um (01) dente do alho nacional, são necessários cinco (05) dentes do alho importado da China.

8- O alho produzido no Brasil é de extrema qualidade e tem mais propriedades nutracêuticas, quando comparado ao alho importado. O alho brasileiro tem cinco vezes mais alicina, substância presente no alimento que funciona como antibiótico natural.

Assessoria de Comunicação da ANAPA