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Importação de alho chinês: Somente livre de resíduos vegetais e material de solo

10 de abril de 2013

A Instrução Normativa que aprova os requisitos fitossanitários para a importação de bulbos de alho produzidos na República Popular da China, foi publicada no Diário Oficial da última quinta-feira dia 28 de fevereiro de 2013. Com base no documento, o alho importado deverá estar livre de resíduos vegetais e material de solo.

Esta Instrução Normativa SDA N. 2 de 26 de fevereiro de 2013 é resultado de um pleito encaminhado em 2006 pela Associação Nacional dos Produtores de Alho – ANAPA ao Ministério da Agricultura, no qual solicitava a Análise de Risco de Pragas sobre o alho importado, com base em um estudo pormenorizado realizado juntamente com a EMBRAPA, que identificou mais de 20 pragas quarentenárias que colocam em risco a produção nacional.

O presidente da ANAPA Rafael Jorge Corsino buscou incessantemente a finalização desse processo, tendo em vista tratar-se de assunto de extrema urgência e de segurança nacional, pois todo o alho importado da China ingressa ao Brasil sem nenhum tipo de controle fitossanitário. “Nossa preocupação é garantir a qualidade e continuidade da produção nacional. As importações, sem regulação fitossanitária, podem colocar em risco a segurança das lavouras em nosso país, uma vez que há algumas pragas que podem vir juntamente com a carga, das quais não temos controle e nem pesquisas para combatê-las. O que buscamos é diminuir as possibilidades de contaminação em solo nacional”, afirma Corsino.

Para Olir Schiavennin, vice-presidente da ANAPA, a publicação da Instrução Normativa é um marco ao setor: “É uma conquista importante, que garante a produção nacional e leva a certeza de que o alho chinês passará por uma análise minuciosa e acarretará em um maior controle das importações. Além disso, ressalta a credibilidade da ANAPA e traz consequências positivas ao produtor nacional.”, finaliza Olir.

O deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) empreendeu todos os esforços necessários ao acompanhamento do processo de Análise de Risco de Pragas – ARP do Alho, que desdobrou-se na Instrução Normativa e destaca que essa é uma conquista importante para os produtores brasileiros, que poderão produzir com mais segurança e garantir a qualidade da produção sem correr riscos.

A Análise de Risco de Pragas foi uma solicitação inicial do então presidente da ANAPA Gilmar Dallamaria e sua continuidade transcorreu pelos sucessores Jorge Kiryu e Rafael Corsino.

Por Mariana Leal