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“Haverá um aumento no custo de produção de cerca de 7%, com a saída do Totril”, diz Corsino

09 de junho de 2021

O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) e Cebola (ANACE), Rafael Corsino, solicitou a aprovação do herbicida equivalente ao Totril, em reunião com ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na tarde desta quarta-feira (09).

Participaram também do encontro os deputados Peninha (MDB/SC) representando o Estado de Santa Catarina que é o maior produtor de Cebola do Brasil com 20 mil hectares e o terceiro maior produtor de alho, e José Victor (PL-MG) representando o Estado de Minas Gerias que tem a maior área plantada de alho do Brasil, com 7.500 hectares e o quarto maior produtor de cebola. Os parlamentares enfatizaram a importância da pauta para os produtores de hortaliças, reforçando o pedido à ministra Teresa Cristina.

A ANAPA e ANACE identificaram uma empresa disposta a produzir o produto com a princípio ativo ioxynil, denominado “Fico”, que é um herbicida seletivo indicado para o controle das plantas daninhas que infestam as culturas de alho e cebola.

De acordo com a ministra, a solução mais rápida é emitir um decreto para enquadrar o uso emergencial do herbicida, até a lei ser aprovada e sancionada.

O presidente da ANAPA e da ANACE também pediu a atuação imediata e pontual do Governo Federal sobre o mercado de embalagens para a produção agrícola.

Segundo dados apresentados, vários fatores externos fizeram com que o mercado de embalagens (de todo tipo: papelão, plástico etc.) fosse impactado com um aumento inesperado na demanda. O resultado dessa alta demanda, segundo Corsino, foi o reajuste dos preços de embalagens que subiram em até 80%, quando comparado a última safra.

Na visão de Corsino, o ministério precisa intervir para evitar um desequilíbrio nos preços e um possível aumento nos valores finais dos alimentos.

“Temos o custo de embalagem na cultura da cebola, que hoje é de aproximadamente R$ 14.000,00 por hectare. Isso, infelizmente, precisará ser repassado ao consumidor” lamentou Corsino.

Rafael Corsino sugeriu a aplicação do Decreto-Lei nº 1.199/1971, que existe justamente para que o governo atue em momentos como este, reduzindo a alíquota do IPI para as saídas de embalagens da indústria, que tem como destino o produtor rural.

“A redução precisa ser aplicada urgentemente, pois já vamos iniciar a colheita do alho e as aquisições de embalagens já estão sendo negociadas, uma vez que são essenciais para a comercialização do produto”, explicou o presidente.

A Ministra Tereza Cristina escutou as dificuldades dos produtores de alho e cebola e recebeu o manifesto feito pelas associações, no qual pede ajuda aos ministérios da Agricultura e da Economia para que torne a produção desta safra mais acessível, buscando a redução dos custos de produção.