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Espanha: “Fomos forçados a atrasar a comercialização de alho”

10 de julho de 2017

A safra de alho da Espanha começou há algumas semanas. No momento os produtores estão preparando a colheita do alho roxo, que é o mais representativo no país, por conta das qualidades nutracêuticas. Segundo o diretor comercial da empresa espanhola Coopaman, Rafael Polo, falta averiguar se os incidentes pontuais, como as fortes chuvas de granizo, além das temperaturas mais altas do que a média, vão afetar a cultura. “Nós vamos ter que esperar alguns dias para ver como o alho evoluiu”, disse.

O início da campanha foi caracterizado por uma onda de vendas, em nível industrial, devido ao nervosismo de alguns agricultores que temiam uma queda de preços.

De acordo com Rafael Polo, “as duas temporadas anteriores foram boas para os produtores de alho e atraiu muitos pequenos e médios agricultores aventureiros no cultivo de alho, que tentaram vender suas colheitas rapidamente, ao perceber que os preços da China estavam baixando nos últimos meses. Há agricultores que venderam alho a preços muito baixos. É incompreensível, porque há estoques disponíveis e o mercado internacional está relativamente vazio”.

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Em vista desta situação, a Coopaman foi forçada a atrasar a comercialização. “Optamos por aguardar a conclusão da venda dos pequenos agricultores e agora o comércio está bastante fluido. Estamos carregando cerca de 30 contêineres por semana”, contou Rafael Polo. “Agora o mercado está estável e há mais equilíbrio entre oferta e demanda”, acrescentou.

“Estamos aumentando muito os embarques de alho para o Brasil, de 10 a 15 contêineres por semana. O Brasil é o segundo maior consumidor de alho do mundo, com cerca de 400 milhões de quilos por ano. Eles só conseguem abastecer apenas 60% com a sua própria produção, os outros 40% vem da importação. Cabe ressaltar, que os Estados Unidos também estão aumentando os pedidos”, afirmou Rafael Polo.