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ANAPA quer isenção do IPI para embalagens

07 de abril de 2021

O presidente da ANAPA, Rafael Jorge Corsino, quer a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para embalagens. A proposta será encaminhada à Ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

O aumento dos custos de produção foi pauta da 2ª reunião extraordinária da Câmara Setorial de Hortaliças. “Estamos vivenciando um aumento generalizado nos custos de fertilizantes, embalagens, óleo diesel, sementes, entre outros insumos. Esse aumento dos custos de produção, somado à economia fragilizada e a perda da renda do brasileiro, me leva a crer que podemos ter dificuldades em escoar a produção desta safra”, avaliou Corsino, que também é presidente da Câmara Setorial de Hortaliças, ao abrir a palavra para os representantes dos setores de fertilizantes, embalagens, sacarias e sementes.

Na reunião que aconteceu na última terça-feira (06), Marcelo Serpa, especialista em indústria de plástico e embalagens, mostrou a influência do plástico, papel e papelão nos preços, abastecimento, qualidade e produtividade da horticultura, discorrendo ainda sobre a correlação entre o preço do petróleo e a taxa de câmbio na oneração dos custos de embalagem.

Serpa sinalizou o aumento dos custos de produção, ao monopólio de algumas empresas nas indústrias brasileiras e internacionais, principalmente em relação a matéria prima como polietileno e polipropileno.

“Impactos vindos do exterior, como o furacão Laura nos Estados Unidos e o inverno rigoroso no Texas, também fizeram baixar a produção de plástico no país, fazendo com que o produtor brasileiro não encontrasse facilidade em importar o produto. Outros fatores como aumento de custos na locação de container e afretamento de navios, resultaram em um crescimento significativo no mercado de plástico e papelão principalmente”, afirmou Serpa.

Em seguida, Marcelo Pacotte, Diretor Executivo da ABCSEM, estimou que a produção do setor de hortaliças e flores em 2021 deverá repetir os parâmetros de 2020, ficando em torno de 770 mil hectares cultivados.

Marcelo tratou ainda da dificuldade dos pequenos produtores na obtenção de recurso para aquisição de sementes, explicando que, “cerca de 50% de sementes são viabilizadas através do Brasil e a outra metade acaba sendo importada. É notório que nossos produtores estão procurando por sementes de qualidade para o mercado brasileiro”, destacou Pacotte.4 Em seguida, Eliane Kay, Diretora Executiva do SINDIVEG, conversou um pouco a respeito do cenário presente e futuro dos Defensivos Agrícolas, explicando sobre a importância das empresas se movimentarem na busca de aprovação de novas moléculas, sobretudo aquelas similares às utilizadas em outros países, o que geraria a diminuição dos custos de produção.

Questionada sobre as culturas de alho e cebola, a Diretora lamentou a retirada de produtos específicos que eram significativos para o cultivo e que não podem ser substituídos ante a ausência de produtos similares no mercado, mas que acredita que as indústrias vêm trabalhando em moléculas para a substituição dos produtos que saíram de circulação.

Em seguida, Eliane Kay, Diretora Executiva do SINDIVEG, conversou um pouco a respeito do cenário presente e futuro dos Defensivos Agrícolas, explicando sobre a importância das empresas se movimentarem na busca de aprovação de novas moléculas, sobretudo aquelas similares às utilizadas em outros países, o que geraria a diminuição dos custos de produção.

Questionada sobre as culturas de alho e cebola, a Diretora lamentou a retirada de produtos específicos que eram significativos para o cultivo e que não podem ser substituídos ante a ausência de produtos similares no mercado, mas que acredita que as indústrias vêm trabalhando em moléculas para a substituição dos produtos que saíram de circulação.

Outro assunto discutido na reunião foi quanto ao cenário atual e o futuro dos fertilizantes no Brasil. Carlos Florence, Diretor Executivo da AMA Brasil, explicou que entre o ano de 1990 e 2017 houve um aumento no consumo de fertilizantes no país de cerca de 454%, sendo que hoje é o quarto maior consumidor de fertilizantes no mundo.

Carlos pontuou que, entre outros problemas, o custo de importação, a taxação do dólar e a falta de disponibilidade em navios dificultam a importação de matérias primas como nitrogênio, fósforo e potássio.

“Em 2020, cerca de 40 milhões de toneladas foram comercializadas, o que vai representar uma grande produtividade. Basicamente, os preços se manterão atrelados ao dólar devido à grande dificuldade de negociação com os poucos misturadores de adubo existentes no país”, afirmou Carlos.

Ao fim da 2ª reunião extraordinária, foi acordado que o Dr. Luiz Fernando, Subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, irá minutar um decreto solicitando a isenção da taxação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nas embalagens.

O documento será encaminhado pelo presidente da Câmara Setorial de Hortaliças, Rafael Jorge Corsino, à Ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

“A Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) trabalha junto à Câmara Setorial de Hortaliças para que, assim que o documento for elaborado pelo Dr. Luiz Fernando com a colaboração de diversos profissionais, seja encaminhado ao Ministério da Agricultura e tenhamos êxito nesta solicitação”, concluiu Corsino.