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Artigo: Alternativas para controle e prevenção de incidência da mancha púrpura em alho

05 de fevereiro de 2018

Em geral, a mancha púrpura do alho, causada pelo fungo Alternaria porri (Ellis) é uma das doenças que mais comprometem o rendimento da cultura no Brasil. Considerada de ocorrência generalizada em todas as regiões produtoras de alho, provoca perdas na produção que podem alcançar de 50% a 60% (Zambolim et al, 2000).

No sistema orgânico da Unidade de Referência em Agroecologia do Incaper, o alho é uma das culturas que participam do sistema de manejo adotado desde 1991 e, apesar deste sistema proporcionar um equilíbrio biológico do solo e aumentar a resistência das plantas a patógenos, ainda são observados altos níveis de intensidade de ocorrência de A. porri em campos de produção (Souza et al, 2011). Por este motivo, tem-se utilizado produtos protetores como a calda bordalesa e sulfocálcica, ao longo do ciclo da cultura.

Os sintomas iniciais da doença manifestam-se na forma de pequenas manchas brancas que rapidamente desenvolvem centro claro. Ao aumentarem de tamanho, as manchas tornam-se zonadas e coloração tipicamente púrpura, circundadas por um halo clorótico que se estende para cima e para baixo das folhas. Sob condições favoráveis, as lesões se recobrem com as estruturas de frutificação escuras do patógeno. As folhas amarelecem e secam a partir do ápice, reduzindo sua área fotossintética, e as folhas novas são emitidas às custas das reservas do bulbo, resultando na produção de bulbos pequenos (Nunes & Kimati, 1997; Jaccoud Filho et al, 1985). O progresso do processo infeccioso e o aumento da suscetibilidade estão associados ao aumento da idade das plantas e ao início do período de frutificação. Durante esta fase, ocorre uma demanda maior de açúcares e nutrientes para a formação dos bulbos, em detrimento da folhagem, o que favorece o processo infeccioso em órgãos exportadores (Rotem, 1994).

A alta umidade é o fator ambiental mais importante para o desenvolvimento da doença, pois o fungo é dependente de água para germinação do esporo e para esporulação na superfície da planta. O fungo pode crescer em temperatura variando de 6°C a 34°C, mas a faixa ótima de desenvolvimento situa-se entre 21°C e 30°C (Nunes & Kimati, 1997; Zambolim & Jaccoud Filho, 2000).

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